Pesquisadores das universidades Harvard e de Washington identificaram em bactérias do intestino humano genes que as auxiliam a se tornar resistentes à ação de antibióticos. O estudo, publicado nesta semana na "Science", aponta que a maioria dos genes encontrados apresenta características evolucionárias diferentes das conhecidas pelos cientistas.
A descoberta pode ser mais uma arma no combate ao problema de saúde pública causado, principalmente, pelo uso indiscriminado de antibióticos sem recomendação médica.
De acordo com os pesquisadores, o uso indiscriminado dos antibióticos induziu a mudanças substanciais no comportamento dos microrganismos. Estudos anteriores apontam, por exemplo, a presença de bactérias resistentes à ação da amoxicilina em crianças nunca expostas a tratamento com essa droga.
Quase a metade dos genes resistentes descobertos pela pesquisa é idêntica aos incorporados pela maioria das bactérias analisadas. “As bactérias têm a capacidade de trocar seu material genético”, explica Morten Sommer, pesquisador da Faculdade de Medicina de Harvard e um dos autores da pesquisa. “Durante uma infecção, um patógeno interage com muitas bactérias do corpo humano, resultando na possibilidade de troca genética.”
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Antibióticos perdendo os efeitos...
O estudo começou com a análise de DNA de amostras de saliva e fezes de duas pessoas saudáveis. Em seguida, os pesquisadores constataram um grande reservatório de novos genes que foram inseridos na bactériaEscherichia coli. O resultado foi a resistência do microrganismo a um amplo espectro de antibióticos. “A microflora do intestino humano é um reservatório significativo de genes resistentes que podem ser acessados por microrganismos nocivos à saúde”, diz Sommer.
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